domingo, 22 de junho de 2014

A CROMOTERAPIA NO ANTIGO EGITO


Como muitas ciências da atualidade, a CROMOTERAPIA tem as suas raízes no passado...
O tratamento pela cor também já era utilizado pelas civilizações antigas do Egito.

Segundo o Prof. Reuber Amber, autor do livro “Cromoterapia – A Cura através das Cores”, alguns arqueólogos encontraram em alguns templos egípcios evidências de pequenos compartimentos construídos com uma abertura no teto de modo a permitir a entrada do Sol para tratamento de saúde. Os "médicos" diagnosticavam as doenças e depois encaminhavam os pacientes para uma dessas salas, onde recebiam a radiação colorida necessária para o seu restabelecimento orgânico. Complementarmente a este tratamento usavam amuletos e rituais de culto para ajudar a cura.
Genericamente as salas de tratamentos, chamadas de “Hat Ankh” ou Castelos da Vida, ou ainda Sanatórios de Cura, eram construídas em pedra ou em tijolos, onde os sacerdotes-médicos praticavam hidroterapia, sonoterapia, hipnose e a cromoterapia pelo uso de flores e pedras coloridas. Esses procedimentos eram rigorosamente supervisionados pelos sacerdotes especializados, iniciados nos mistérios da magia e profundos conhecedores dessas ervas e pedras curativas.
O Templo de Kom Ombo parece ser o único que ainda conserva as “Hat Ankh”, que podem ser vistas na sua parte final, em número de sete. Também, no templo de Esna existe uma invocação ao Deus Knum, gravada nas colunas da sala hipóstila, que comprova ter existido aí uma das “Hat Ankh”: “Como é bela a tua face, quando estás na “Hat Ankh” curando os doentes e libertando do mal aqueles que te procuram.”
A relação dos deuses egípcios com a cor comprovava o profundo conhecimento daquela civilização quanto ao efeito cromático.

Por exemplo:
THOT, representado pela cor azul, tinha o poder de despertar os centros espirituais do cérebro;
ÍSIS, com o seu raio amarelo, era responsável pelos estímulos da mente do homem;
OSÍRIS, com o seu raio vermelho ardente, era responsável pela vida do homem.

Os egípcios também já empregavam a técnica da água solarizada como remédio, pois acreditavam que uma Energia Superior (Rá/sol) tudo impregnava, assim como acontecia com as pedras preciosas e semi-preciosas e flores de diversas cores. Para além de atuarem pela ação da cor, exerciam a sua influência benéfica pelas fórmulas mágicas que lhe estavam associadas e gravadas.
Todas essas crenças, baseadas na utilização das cores como terapia médica, levavam em consideração a analogia entre a cor com a qual se manifestava o sintoma ou a doença e a cor usada para a cura. Os médicos egípcios acreditavam na ação neutralizante da radiação das cores, usando de forma localizada a coloração idêntica pela qual se apresentava determinada patologia.
Por exemplo:
No tratamento da icterícia, que se caracteriza pelo aumento de bilirrubina no sangue, com deposição desse pigmento na pele e mucosa, apresentando a coloração amarelada, era usada a cor amarela como terapia, através de flores e pedras preciosas.
Em caso de hemorragia, evidenciada pelo derramamento de sangue, onde se observa a sua cor vermelha, bem como de doenças cardiovasculares, utilizavam como tratamento a cor vermelha em flores e pedras preciosas.
Por volta do ano 3000 a.C. foi escrito um verdadeiro tratado sobre anatomia humana por Sekhem-Athotis, Faraó da I Dinastia. Mais tarde, na III Dinastia, o sacerdote Imhotep funda a primeira escola de Medicina da Humanidade no grande templo do Deus Ptah, época em que se aprimoraram as técnicas de mumificação e embalsamamento, com registo em papiros que eram difundidos por outras escolas criadas nesse tempo.
Esses ensinamentos foram copiados, dando origem aos vários Papiros Médicos encontrados no Egito, dos quais cito o Papiro de Georg Ebers, que é o melhor conservado e no qual constam 875 prescrições de tratamento de doenças, onde se inclui a Terapia das Cores com o uso de flores e pedras preciosas.
Fundamentos da ciência médica racional, tal como hoje é praticada, foram criados nestes centros para pesquisar doenças e tratamentos. A ideia de recriar os sintomas, desenvolvida pela Homeopatia e vacinas, já era utilizada através de flores, pedras preciosas e água solarizada nas mesmas cores que o corpo apresentava quando se manifestava determinada enfermidade. Essas escolas da Terra dos Faraós gozavam de enorme prestígio no mundo da época e eram frequentadas por jovens vindos de diversos países vizinhos para o estudo da arte de curar, como foi o caso de Hipócrates que chegou ao Egito com dezenove anos de idade e aí permaneceu por três anos.

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