quarta-feira, 13 de agosto de 2014

NÃO DEIXE QUE SEU MÉDICO FAÇA - PARTES I,II E III


COISAS QUE VOCÊ NÃO DEVE DEIXAR QUE SEU MÉDICO FAÇA - PARTE I 

Muito além de uma mera segunda opinião médica, pacientes cada vez mais bem informados estão modificando as relações médico-paciente.
Em contraste com a “ordens médicas” de outrora, hoje já se reconhece que os médicos não podem decidir sozinhos – o paciente precisa participar das discussões sobre os tratamentos.
Nesta série, compilada a partir de uma publicação feita originalmente pela revista britânica New Scientist, os próprios médicos falam sobre os procedimentos mais críticos e que devem ser evitados a todo custo.
Vamos ser bem claros: não há dúvida de que as transfusões de sangue salvam vidas.
Mas elas também têm sido associadas a maiores taxas de morte se forem ministradas quando não é estritamente necessário.
Um estudo publicado em junho sobre transfusão de sangue e mortalidade analisou pessoas levadas ao hospital com perda significativa de sangue por ferimentos físicos.
Para as pessoas, na chegada ao pronto-socorro, avaliadas como tendo um risco maior do que 50% de chance de morrer, aquelas que receberam uma transfusão de glóbulos vermelhos apresentaram duas vezes mais chance de sobreviver do que aquelas que não receberam nenhuma transfusão.
Mas para os pacientes avaliados com menos de 6% de chance de morrer na chegada ao hospital, aqueles que receberam uma transfusão tiveram cinco vezes mais probabilidade de morrer do que aqueles que não receberam a transfusão.
Não está claro o porquê, mas uma dose de glóbulos vermelhos de outra pessoa pode enfraquecer levemente o sistema imunológico ou, mais raramente, causar inflamação pulmonar, segundo o Dr. Lee Fleisher, anestesista da Universidade da Pensilvânia (EUA).

COISAS QUE VOCÊ NÃO DEVE DEIXAR QUE SEU MÉDICO FAÇA - PARTE II

Algumas pessoas não gostam das segundas-feiras, mas este é um ótimo dia para uma cirurgia.
As cirurgias de emergências devem, naturalmente, ser realizadas sempre que os médicos o aconselharem, mas se você estiver se preparando para qualquer cirurgia não-urgente e lhe for oferecida a escolha do dia, lembre-se que, quanto mais no início da semana você escolher, melhores serão as chances de que tudo corra bem.
Pessoas que passam por cirurgias às sextas-feiras têm um risco de morte 44% maior do que aquelas que entram na faca às segundas-feiras, segundo um estudo publicado no ano passado.
Os pacientes tendem a receber cuidados pós-operatórios piores nos fins de semana porque os hospitais têm menos pessoal, e aqueles que estão por lá tendem a ser iniciantes ou menos experientes. “As primeiras 48 horas são a parte mais crítica da recuperação de um paciente de uma cirurgia,” diz o Dr. Paul Aylin, do Imperial College de Londres, que realizou o estudo.
Aylin é rápido em ressaltar, no entanto, que a maioria dos tipos de cirurgias não-urgentes tem um baixo risco de morte – muitas vezes menos de 1% – de forma que um aumento de 44% ainda é um risco pequeno em termos absolutos.
Ainda assim, se é a sua vida que estará em risco, qualquer pequena diferença conta.
Um estudo mais recente demonstrou que o “efeito fim de semana” causou dezenas de mortes de crianças em hospitais dos EUA.

COISAS QUE VOCÊ NÃO DEVE DEIXAR QUE SEU MÉDICO FAÇA - PARTE III


Cabelos são geralmente bem sujos, de forma que, se você está se preparando para ter uma parte do seu corpo aberta, esta é a última coisa que você gostaria de ver ao redor.
Daí a longa tradição das raspagens pré-cirúrgicas em quaisquer partes cabeludas do corpo – para alguns homens, isso pode ser quase todo o corpo.
A depilação é frequentemente feita com um aparelho de barbear descartável, às vezes sem nem mesmo um esguicho de água.
O problema é que esse procedimento causa exatamente o problema que se supõe que ele evite – um ferimento infeccionado.
“A navalha esfola a camada superior da pele e você terá pequenos cortes microscópicos,” explica a Dra. Judith Tanner, professora de enfermagem da Universidade De Montfort (Reino Unido), que analisou estudos feitos sobre o assunto. “As bactérias da sua pele entram e se multiplicam.”
O aconselhamento oficial no Reino Unido e nos EUA agora é que os pelos do corpo não devem ser removidos, a menos que eles fiquem fisicamente no caminho do corte cirúrgico ou dos curativos, caso em que devem ser usados cortadores elétricos.
Mas você ainda vê navalhas e lâminas de barbear baratas sendo usadas, diz a Dra. Tanner: “É desanimador.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário