Além de todas essas funções, o fígado também participa da regulação do volume sanguíneo, possui importante ação antitóxica contra substâncias nocivas ao organismo como o álcool, a cafeína, gorduras e outras.
Infelizmente, as coisas podem dar errado, com a instalação de doenças hepáticas de graus variados, podendo ser leves - chamada esteatose hepática - até a forma crônica irreversível - chamada cirrose hepática.
ESTEATOSE HEPÁTICA
As principais doenças que acometem o fígado são as hepatites, doenças causadas pelo alcoolismo como a cirrose, doenças hepáticas tóxicas, insuficiência hepática, fibroses, entre outras.
A esteatose hepática é o acúmulo de gordura nas células do órgão e pode ser causada por abuso de álcool, hepatites virais, diabetes, obesidade, colesterol ou triglicérides elevados e uso prolongado de certos medicamentos.
A esteatose hepática não alcoólica, que vem aumentando em todo o mundo, ocorre com o depósito de gordura no fígado e está relacionada ao aumento da frequência de obesidade e diabetes mellitus, que são duas causas que, isoladamente ou em conjunto, respondem por grande número de casos da doença.
Atualmente, mais de 70% dos pacientes com esteatose são obesos. O sobrepeso e obesidade podem colocar uma pressão enorme sobre o fígado, por isso uma dieta saudável e exercício físico regular são importantes para manter o peso corporal saudável, o mais próximo do peso ideal.
ALIMENTAÇÃO BOA PARA O FÍGADO
O fígado atua como um processador de nutrientes, danos no órgão podem comprometer a sua estrutura levando a um quadro clínico de doença hepática.
Medidas para tratamento das doenças hepáticas incluem controle da ingestão do álcool, e controle da ingestão de gorduras e açúcares.
Uma alimentação saudável é um dos principais determinantes do estado nutricional adequado que pode prevenir as doenças hepáticas. Uma alimentação rica em alimentos gordurosos e açucarados, como os alimentos ultraprocessados, podem contribuir para a instalação ou agravamento das doenças relacionadas ao fígado.
Os alimentos benéficos para o tratamento são: chá verde ou preto, alecrim, alho, frutas cítricas e vermelhas, peixes, cereais integrais como aveia e linhaça, castanhas e leguminosas como feijão, lentilha e grão-de-bico. Alguns vegetais também contribuem no tratamento, por exemplo, o agrião, brócolis, couve-chinesa, couve-flor, mostarda, nabo, rabanete e repolho.
TÓXICOS PARA O FÍGADO
Os medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides do tipo da nimesulida, naproxeno e diclofenaco estão associados com o risco de hepatotoxicidade.
Na maioria das vezes, a hepatotoxicidade se manifesta por alterações das enzimas hepáticas, fato observado em 1 a 3% dos pacientes que usam essas medicações. Em alguns casos, existe a hepatotoxicidade mais grave com quadro de icterícia ou gatilho de autoimunidade (hepatite autoimune-símile).
Tome sempre cuidado ao usar aerossóis, inseticidas e outros produtos químicos tóxicos. Certifique-se sempre que a área é bem ventilada. Muitos produtos de limpeza contêm toxinas que podem prejudicar o fígado.
Evite o contato com o sangue de outras pessoas e outros fluidos corporais, para evitar a transmissão de hepatite C, cuja transmissão é causada por um vírus transmitido principalmente pelo sangue contaminado. As orientações nesse caso são no intuito de se evitar a possibilidade de contato com sangue contaminado. Para isso, a orientação é não se compartilhar instrumentos perfuro-cortantes tais como aparelhos de barbear, alicates de unha, seringas etc.
E evite o álcool. A ingestão crônica de cerca de 20g de álcool/dia em mulheres e 40 g de álcool/dia em homens pode levar a hepatite alcoólica e suas complicações podendo culminar com cirrose hepática.
FONTE : Diário da Saúde
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