domingo, 22 de junho de 2014

A ASTROLOGIA DOS CHACRAS



É bem conhecido por muitos de nós agora, que o "campo energético humano" é constituído por sete centros de energia ou chakras principais que estão localizados ao longo do eixo cérebro-espinhal. Cada um destes centros age como um transformador ou subestação da energia universal ou prana que flui através da medula na base do crânio. Como o prana desce através dos cinco chakras inferiores é transformado ou modificado a partir do seu estado puro. Se os chacras inferiores estão limpos e livres de impressões negativas (supressão, trauma, etc), então o prana é livre para subir de volta para os chakras superiores que conduzem a estados mais elevados de consciência.

Se os chacras inferiores estiverem bloqueados, no entanto, o prana é impedido de subir e esses bloqueios energéticos começam a manifestar-se como "doenças" em nível mental, emocional e físico. Em outras palavras, se temos bloqueios em qualquer um dos chacras, significa que quebramos nossa "sintonização" com a energia de vida universal em um sutil, ou não tão sutil, nível. Uma vez que os chakras são centros de energia que respondem à vibração, uma das maneiras que podemos retornar ao alinhamento ou a sintonia é através do uso consciente da música, vibração e movimento.

Uma das ferramentas que podem nos ajudar nessa jornada é um entendimento, por meio do uso da astrologia, da relação entre os chakras e os planetas. No mundo astrológico cada um dos chakras está associado ou é governado por um planeta diferente. Em um nível energético o mapa astrológico é um mapa não só de inter-relação dos planetas, mas um mapa da inter-relação e da condição dos chakras. Em essência, nós temos o nosso sistema solar interno que orienta a evolução de nossa consciência através dos centros de chakras diferentes. Ao compreender a qualidade de cada chakra planetário podemos usar formas específicas de vibração, música e movimento para despertar e abrir cada chakra e energizar a nós mesmos.

O primeiro chakra, localizado na base da coluna, está associado com o planeta Saturno. Astrologicamente, Saturno representa a nossa capacidade de ancorar-nos para que possamos materializar nossos sonhos. Não ter suficiente Saturno em nossas vidas nos deixa sem chão e incapaz de sustentar-nos. Para alguns, muito pouco Saturno torna difícil criar um senso de limites fortes e centro. Muito Saturno, no entanto, e podemos nos prender muito ao plano material e resistir à mudança por causa da insegurança e do medo. Uma das maneiras de curar o primeiro chakra é através de conexão com as energias da Terra. Andar descalço, fazer ioga e percussão (tambor) são todas as formas de sintonizar as freqüências mais baixas do primeiro chakra. Tocar tambor, em particular, é uma forma eficaz de abertura e despertar do primeiro chakra. Quando o tocamos muitas vezes seguramos o tambor entre nossas pernas, que se conecta diretamente com o primeiro chakra, na base da coluna vertebral. Ao sintonizar as freqüências mais baixas do tambor não apenas energizamos nós mesmos, mas também nos tornamos mais presentes e em nossos corpos.

O segundo chakra, governado por Júpiter, está localizado na região pélvica ou genital do corpo. O segundo chakra tem a ver com questões de criatividade e sexualidade e como canalizamos a nossa energia da força fundamental da vida e das emoções. Astrologicamente, Júpiter é o planeta que representa a forma como expandimos nossa consciência. Se cresceu em uma família com emoções ou sexualidade reprimidas, então isso irá impactar diretamente o segundo chakra e nosso senso de expansividade. Se suprimirmos uma área do segundo chakra, por exemplo a sexualidade, então todas as outras áreas: a nossa paixão, a expressão de criatividade, de profunda emoção, são afetados também. Quando o segundo chakra está aberto estamos em contato com a nossa força de vida primordial, ou energia kundalini. Esta é a força eletromagnética fundamental que anima os nossos corpos e quando livremente expressada cria magnetismo, paixão e criatividade verdadeira em nossas vidas.

A chave para despertar a energia do segundo chakra, então, é fazer a nossa energia instintiva mover-se e abrir e expandir a gama de movimento pélvico. Uma das melhores maneiras que eu encontrei de fazer isso é através da dança livre ou formas de dança africana. Vários anos atrás eu tinha um bailarino convidado Africano em minha classe de Astrologia e ele explicou que muitos dos movimentos de dança Africana são realmente feitos para facilitar a abertura de vários chakras. Qualquer movimento que contrai e depois expande a área do segundo chakra, ou região da pelve, vai ajudar a soltar a energia nesse centro. Além disso, a utilização de música étnica ou mundial que ativa o centro instintivo ou em movimento, como dança do ventre e música turca, são excelentes.

O terceiro chakra, localizado no plexo solar ou "hara" é a sede do nosso poder pessoal. Marte, o planeta associado com a vontade pessoal e Plutão, o planeta associado com a vontade coletiva, são os co-governantes do terceiro chakra. As questões do terceiro chakra tem a ver com poder, controle, confiar em seus instintos, e nosso senso de poder pessoal. Um terceiro chakra bloqueado pode se manifestar com a falta de ser capaz de tomar decisões, não conseguir confiar em nossos próprios instintos e a sensação de estar sendo manipulado ou de ser uma vítima. Um terceiro chakra hiperativo pode se manifestar com problemas de controle, intimidação, raiva ou violência. A chave para a cura do terceiro chakra é aprender a tomar o poder, sem prejudicar os outros. Também é importante aprender a soltar o medo de estar fora de controle.

A música pode ser um meio particularmente poderoso para a abertura do terceiro chakra, pois é uma forma não-verbal de comunicação que vai além da mente cognitiva e afeta diretamente nossas emoções mais profundas. Muitas pessoas que sentem que têm de controlar suas emoções se encontram sendo levadas às lágrimas por música evocativa. Encontrar músicas que mexem com você, seja emocionalmente ou fisicamente é uma forma de acessar as emoções mais profundas de tristeza, pesar e raiva que muitas vezes estão presos no terceiro chakra. Conforme essas emoções são descobertas e expressadas, o terceiro chakra pode florescer e da energia que foi canalizada para o controle agora pode ser re-encaminhada para formas mais gratificantes de auto-expressão e criatividade.

O quarto chakra, localizado ao redor do coração e dos pulmões, é regido pelo planeta Vênus. Vênus representa o que nós valorizamos, aquilo pelo que somos apaixonados e nossa capacidade de compartilhar o nosso amor incondicional. Eu também atribuo a regência "superior" do quarto chakra para o planeta Netuno, como é Netuno que representa o processo de transcender nossa própria individualidade e fundir-se com o espírito ou o amor divino.

O quarto chakra é a ponte entre os chakras inferiores e superiores. Tem sido dito que a nossa cultura ocidental se relaciona principalmente com as questões dos três primeiros chakras; dinheiro, sexo e poder. Enquanto limpamos as ligações emocionais dos três primeiros chakras, então podemos começar a abrir as qualidades expansivas dos chakras superiores. Se o quarto chakra está bloqueado podemos ter medo de não sermos amados, medo de dar e receber afeto ou manter relações superficiais.

A chave para a cura do chakra do coração é através do desenvolvimento de compaixão, devoção e um sentido de conexão com os outros. Musica, sob a forma de canto devocional, pode abrir o coração e diminuir os sentimentos de separação. As Danças da Paz Universal da tradição Sufi de Samuel Lewis são uma excelente forma de combinar som e movimento para facilitar um senso de conexão mística ou unidade com os outros. Combinando mantras sagrados de diferentes tradições espirituais com danças circulares simples, as Danças da Paz Universal nos ajudam a deixar de lado as paredes artificiais que nos mantêm separados. Eles também são uma maneira muito segura de praticar a forma de dar e receber amor incondicional.

O quinto chakra, localizado na região da garganta, é regido por Mercúrio, o planeta que representa todas as formas de comunicação e de Chiron, o planeta que representa o arquétipo de mentor / professor. É através do quinto chakra que desenvolvemos a expressão pessoal e a capacidade de criar nossa própria realidade. Se o quinto chakra está bloqueado, então podemos ter medo de sermos assertivos ou falar de nós mesmos. Também pode ser difícil expressar nossas necessidades ou os sentimentos que experimentamos que emanam do chakra do coração. Outra manifestação comum de um quinto chakra bloqueado é a descrença na nossa capacidade de criar as nossas vidas da maneira que queremos que elas sejam. Se nós crescemos sem ter voz nas decisões que estavam sendo feitas por nós ou ter nossas escolhas ridicularizadas depois, eventualmente, deixamos de acreditar na força do nosso livre arbítrio ou de nossa voz.

Curar o quinto chakra é imperativo se queremos abrir a consciência intuitiva que vem dos sexto e sétimo chakras. Se o quinto chakra está bloqueado podemos ser excessivamente mentais e não abertos à informação sutil intuitiva que está constantemente sendo canalizada através dos centros superiores. Em termos de modalidades de cura, o canto é um dos melhores métodos para abrir o quinto chakra. Como muitas pessoas com bloqueios no quinto chakra, literalmente "perderam a sua voz", a melhor maneira de recuperá-la é vibrar com o som! Mantras sagrados como o OM também são benéficos já que OM é visto como o som fundamental, ou primordial do universo. Conforme cantamos OM nos alinhamos com o som criativo que é pensado para trazer toda a forma material em existência.

O sexto chakra, localizado no meio da testa, entre os olhos, é co-governado pelo Sol e a Lua. O sexto chakra está associado com as nossas maiores habilidades mentais de introspecção, auto-exame, a percepção e a intuição. Tradicionalmente, o sexto chakra é visto como tendo dois pólos. O pólo lua, localizado na medula, é onde recebemos o "sopro de Deus" ou energia universal. O sol ou pólo ativo, localizado no terceiro olho, é onde nós expressamos esta energia universal através do veículo da nossa própria individualidade. Um sexto chakra bloqueado pode se manifestar como medo de olhar para dentro de nós mesmos, medo de usar nossas habilidades intuitivas, recusa a aprender com as experiências da vida, ou a incapacidade para acessar orientação interior. Os sintomas físicos podem incluir dores de cabeça, ansiedade, depressão e dificuldades de aprendizagem. Uma das melhores maneiras de abrir o sexto chakra é através da visualização, meditação e acesso ao reino imaginário através de sonhos. Esta abertura pode ser facilitada pela música que evoca a imaginação e abre-nos para o reino dos insights não-ordinários. Especificamente, há muitos CDs disponíveis que ajudam o cérebro a acessar estados mais profundos de consciência alfa, delta e theta que de outra forma só se produz através de práticas de meditação.

Por fim, chegamos ao sétimo chakra, localizado na parte superior ou coroa da cabeça. O chakra da coroa é visto como outro ponto de entrada de energia da força da vida e representa a nossa ligação com a consciência universal. Eu associo o sétimo chakra com o planeta Urano, como é Urano, que representa a corrente universal de energia que alimenta o corpo, mente e espírito. A partir da perspectiva védica da Índia, Urano representa a energia kundalini que reside na base da coluna vertebral, no primeiro chacra. Conforme nós despertamos e abrimos cada um dos chacras a energia kundalini sobe a coluna e ativa o sétimo chakra que conduz à iluminação ou ascensão. Muitos de nós experimentamos isso no orgasmo conforme a kundalini se move através dos chacras inferiores e ativa o chacra coronário. A razão de pegarmos no sono depois do orgasmo é que não somos acostumados a canalizar tanta energia nos centros superiores então acabamos dormindo, ou ficando inconscientes.

Se temos bloqueios no sétimo chakra, isso pode se manifestar como baixa energia vital, a descrença de que podemos ser suportados pelo universo, ou nos sentindo desconectados de um senso de significado ou sentido em nossas vidas. A coisa interessante sobre o sétimo chakra é que ele é a polaridade oposta do primeiro chakra, para que possamos abri-lo "acima" ou "abaixo". Práticas de Pranayama ou respiração ajudam a abrí-lo, expandindo a nossa capacidade de canalizar a energia através da parte superior da cabeça. À medida que expandimos a nossa capacidade de canalizar a energia, podemos suportar mais vivacidade se movendo através de nossos corpos sem resistência.

Conforme vamos abrindo os chacras inferiores através do movimento e sons, diminuímos a resistência que temos estarmos mais vivos e liberamos a energia kundalini que está adormecida na base da coluna vertebral. Em outras palavras, abrir os chakras superiores não significa que temos de ignorar ou "transcender" os chacras inferiores como algumas tradições nos querem fazer crer. Pelo contrário, ela exige que trabalhemos para abrir todo o campo de chacras para que tenhamos a capacidade de experimentar estados mais elevados de consciência, de uma forma aterrada ou física.

Por: James Jarvis

Fonte: om times

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