Dê uma olhada ao redor - o que você vê? Muito mais do que você pensa, graças ao afinado olho da sua mente, que processa imagens sem que você saiba - sem que você se torne consciente delas. O fato é que os objetos no nosso ambiente visual não precisam ser "conscientemente vistos" para que exerçam um impacto nas decisões que tomamos.
A equipe da Dra. Laura Cacciamani, da Universidade do Arizona (EUA), comprovou experimentalmente a existência desse "olho da mente" trabalhando com voluntários e mostrando a eles imagens que parecem diferentes caso você se concentre na parte escura ou na parte clara delas. O estudo é uma continuação do trabalho da mesma equipe, que já havia comprovado que nosso cérebro vê coisas que nós não vemos. Agora eles o constataram que os objetos que estão em nosso campo visual, mas dos quais não estamos conscientes, podem influenciar nossas decisões.
PERCEPÇÃO VISUAL
As decisões dos voluntários foram influenciadas por manipulações nas imagens que não podiam ser percebidas conscientemente por eles. Isto nega as teorias tradicionais sobre a percepção visual e a cognição humanas, mas pode explicar tomadas de decisão que as teorias anteriores atribuíam ao acaso, como mudar de faixa no trânsito sem saber muito bem porquê. "Seu cérebro está sempre buscando sentidos no mundo, para estar ciente de seu entorno geral e de potenciais predadores," disse Cacciamani.
Não temos muitos mais "predadores" hoje em dia, mas o fato é que, mesmo quando estamos focados em uma tarefa, nosso cérebro mantém um processo contínuo de avaliação do nosso ambiente pré percepção. "De acordo com a visão tradicional, o cérebro acessa o sentido - ou a memória - de um objeto depois de você tê-lo percebido," continua Cacciamani. "Contrariamente a esse ponto de vista, demonstramos agora que o significado de um objeto pode ser acessado antes da percepção consciente. Parece fazer sentido, uma vez que há muitos mais eventos ao nosso redor do que seria possível prestar atenção."Nós demonstramos que seu cérebro pode acessar informações sem a sua consciência, e que isso pode influenciar seu comportamento," concluiu a pesquisadora.
FONTE: www.diariodasaude.com.br
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